Durante a fase em que o bebe inicia a fala e a comunicação existem marcos importantes para nortear este processo e prever possíveis alterações. Cada bebê apresenta seu processo particular de desenvolvimento de linguagem o que possibilita variações de uma criança para outra.

Desde muito cedo, o bebê é exposto à fala dos adultos (e crianças) que o cercam e é através da interação com esse mundo que ele vai “aprendendo” a se comunicar. Nos primeiros meses de vida, os bebês iniciam as vocalizações, e, posteriormente, os balbucios, considerados um “ensaio” para a emissão das primeiras palavras. É fundamental estimular essas vocalizações e balbucios, conversando com o bebê e estabelecendo contato visual (face a face), imitando os sons emitidos por ele, brincando com o ritmo e a melodia da fala.

É na relação com as pessoas com que convive que o bebê irá desenvolver a fala e a linguagem. Aos poucos ele vai apresentando maturidade para iniciar a evocação das primeiras palavras, que costuma ocorrer a partir do primeiro ano de vida.

Entre o segundo e o terceiro ano de vida, o vocabulário dos bebês começa a aumentar. Eles são capazes de evocar frases simples, compreender o que é dito e construir pequenos relatos com auxílio de adultos, porém, as palavras ainda são pronunciadas com algumas substituições e omissões de sons, tornando-se, algumas vezes, de difícil compreensão para aqueles que não convivem com esta criança.

A ocorrência de “erros” na pronúncia das palavras faz parte do processo de desenvolvimento de fala e linguagem, uma vez que, nesta fase, a criança ainda não apresenta maturidade para pronunciar alguns sons. Contudo, uma avaliação fonoaudiológica é fundamental quando há necessidade de uma investigação detalhada sobre quais sons este bebê produz e quais ele ainda não produz, como ele se comunica e interage com as outras pessoas, de que maneira ele brinca, e como usa os brinquedos e objetos, verificando se tais manifestações são comuns ou não ao desenvolvimento.

A partir do quinto ano dfamilia 4e vida, a criança já é capaz de produzir todos os sons da fala (exceto nos casos de comprometimento neurológico e de prematuridade), assim, trocas de sons ao falar já não são mais esperadas. É importante destacar que falar as palavras corretamente não garante uma comunicação efetiva, que é composta também pelo uso adequado das palavras, entendimento e utilização das variações de ritmo e entoação de fala, ordenação das palavras adequadamente, estabelecimento de diálogo, interação com as outras pessoas, compreensão e expressão clara do que se pretende dizer.

Caso haja dúvidas em relação ao desenvolvimento de fala e linguagem de bebês e crianças, consulte um fonoaudiólogo.

Flávia Rodrigues Andrade – Fonoaudióloga - CRFª 16532

Graduada em Fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC SP;
Pós graduanda em Linguagem com Enfoque nos Distúrbios de Linguagem, Aprendizagem e na Atuação em Âmbito Educacional pelo CEFAC/SP;
Atendimento nas áreas de Linguagem (oral e escrita) e Motricidade Orofacial.

Deixe seu comentário

comentários

You may also like