Quando falar fere

“Falo mesmo! Sou sincero, digo o que eu penso, doa a quem doer!”

A franqueza nos relacionamentos e na vida é sempre desejada, mas é preciso considerar que a verdade não retira o caráter agressivo do que dizemos ou escrevemos.

Nas relações interpessoais essa franqueza sem medida, sem considerar o momento e o outro, pode ser intensamente prejudicial. O descaso do falante em relação aos sentimentos que pode gerar em seus ouvintes (ou leitores) provoca como efeito o “falar com as paredes”. Assim que inicia o “ataque de verdades” este falante começa, na realidade, a falar sozinho. Gastando palavras, seu tempo e, muitas vezes, um relacionamento fundamental para sua vida profissional ou pessoal. Pois, no instante em que se sente agredido, o ouvinte fecha sua escuta para o que o outro diz e inicia um dialogo interno com seus próprios pensamentos, na tentativa de lidar com as sensações negativas provocadas pela comunicação agressiva.

Nós falamos o tempo todo. Temos necessidade de expressar o que pensamos e sentimos em ordem de não nos sentirmos presos dentro do nosso próprio corpo. Dependemos da comunicação diariamente para nos relacionarmos com as pessoas que, em maior ou menor grau de intimidade, cruzam nosso caminho ao longo dos dias.

É importante lembrar que o objetivo principal de toda comunicação é alcançar o outro. Alcançar para ser compreendido, para aproximar, para criar impacto, empatia, para convencer, ou até mesmo, para encantar. Par que haja sentido no ato de falar é fundamental lembrar que a intenção base em toda comunicação é, de alguma forma, se conectar ao outro, acessar o que ele pensa e sente. Não importa a meta final, é preciso alcançar o outro, sua escuta, para que saiamos satisfeitos de qualquer conversa.

Falar a verdade é admirável e deve estar sempre de mãos dadas com a consideração pelo ouvinte e ao contexto. Seja franco ajustando o conteúdo das palavras e a forma com que as expressa, desta forma o resultado de sua comunicação será ganhar a escuta, a atenção, a compreensão e a consideração de quem o cerca.

LARISSA ROXO - Coach em Comunicação Eficaz e Fonoaudióloga CRFª 13 921

Graduada em Fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica PUC/SP;
Aprimoramento em Saúde Coletiva pela Universidade Católica PUC/SP;
Certificada pelo Instituto Holos de Qualidade através da International Coach Federation como Coach e Mentoring;
Pós graduada em Motricidade Orofacial com Ênfase em Disfagias no Âmbito Hospitalar CEFAC/SP;
É  Coach em comunicação eficaz, Assessora em Comunicação e Fonoaudióloga clínica. Com atuação no treinamento e desenvolvimento de pessoas no aperfeiçoamento da competência comunicativa, aprimoramento da comunicação verbal, comunicação não verbal, escuta ativa e recursos vocais, desenvolvendo comunicação assertiva para o relacionamento interpessoal e profissional.

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