O Homem que sabeÉ preciso aprender a pensar, diz Nietzsche no final do século XIX, pensar é uma atividade que exige aquisição de uma técnica, assim como na dança. É preciso aprendê-la, exercitá-la, até adquirir a sofisticação de um mestre, de um bailarino. Nas escolas, e até mesmo nas Universidades, ninguém tem ideia do que isso seja.

Retomar a potência criativa do pensamento é o alvo, resgatar o prazer de ver uma questão a partir de diferentes perspectivas, de olhá-la cuidadosamente, perceber o que manifesta e o que oculta, onde se desdobra, antes de emitir um valor. Em vez disso, como franco-atiradores, lançamos juízos rasos e maniqueístas sobre o mundo, o outro, nós mesmos, a vida, e nos tornamos as maiores vítimas destas avaliações.

A função do pensamento deve ser sempre afirmar a vida, potencializá-la, por isso a vida deve ser o único critério para a aquisição de conceitos e valores: que importância este saber, este conteúdo tem para a vida, de que modo nos faz viver melhor?

Trechos do livro “O Homem que sabe – Do homo sapiens à crítica da razão” de Viviane Mosé.

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